sexta-feira, abril 07, 2006

A Fortaleza ...

A existencia de Francisco era feita para a empresa onde trabalhava, bem para lá das horas exigidas, e do tempo aparentemente necessario. O trabalho deste homem caia exactamente a meio de um processo burocratico, poucos eram os que sabiam na enorme companhia, qual era a função dele. Apercebiam-se que as coisas funcionavam mais lentamente quando ele não estava, mas para alem disso passava despercebido.

Era um tipo pouco falador, não era antipatico mas a sua chegada era assinalada com um Bm'nia, entre dentes e pouco mais.

Um dia veio a mudança, o sitio onde trabalhava, iria mudar de local, para novas instalações, devido ao crescimento da empresa, o dia foi anunciado e chegou, e começou a processar-se a mudança. Os Directores quiseram mudar-se logo que fosse possivel (ha quem diga que era para escolherem os escritorios com melhor vista), os chefes foram logo de seguida (acho que não queriam ficar junto as casas de banho, ou num corredor com correntes de ar), e os empregados para os poucos lugares sem cheiro, e sem vento que restassem.

Mas não Francisco, viu toda a gente sair num processo que demorou aproximadamente um mes, e ficou sozinho como um soldado que guarda um castelo abandonado. A entrar á hora e a trabalhar para la da hora de saida.

O trabalho deste homem ia diminuindo mas continuava em dia e o ordenado dele a ser pago a tempo e horas, para ele pouco tinha mudado para la' do cumprimento matinal, que ele achou por bem deixar de fazer.

Um dia chegou ao seu local de trabalho, e só trabalhou ate' as 14:42, indicava o relogio deixado para tras por um dos outros empregados. Levantou-se arrumou tudo o que tinha na secretaria e saiu para nunca mais ser visto.

Apesar de parecer que se tinha esquecido! Francisco não se esqueceu, planeou e executou a operação de fuga possivel para quem não quer ser toda a vida contabilista de terceira, da quarta repartição, da segunda comarca com a co-responsabilidade sobre o imobilzado (era um dos 18 que a empresa tinha). E continuar a receber ordenado. Quando ouviu falar da mudança ele decidiu que não era aquela a alteração que ele precisava na vida. Ficou, foi diminuindo o trabalho que ia fazendo durante 3 meses ate' aquela hora em que fez o ultima operação de abate sobre uma cadeira a que faltava uma roda e que teria de sair do imobilizado.

um dos colegas ainda levantou a questão acho que eramos mais ....

Vida em Resumo ....

Se levar-mos a serio tudo o que nos dizem, sobre os perigos, eu vou ter de falar de plasticos. Sim incredulo leitor, plasticos, para ser mais preciso sacos.
Todos nos ja' ouvimos falar do perigo de sofocação por sacos de plastico, e foi-nos explicado na infancia o perigo de brincar com estes objectos, e nos continuavamos a usar os mesmos como capacetes espaciais etc. Quando alguem nos dizia que podiamos sofocar com estes sacos de plastico, nos na nossa ignorancia juvenil pensavamos (sim que agora uma criança pode refutar a opnião de um adulto, na altura não seria possivel), mas um saco rasga-se com as unhas, e de forma mais ignorante ainda demonstrava-mos como! Bem isto deixa-me uma questão como pai, sera' que devo dizer ao meu filho para não brincar com sacos de plastico, apesar de ter demonstrado que não ha perigo na minha meninice. Mas ha' muito tempo que não tenho um saco na cabeça e brinco aos astronautas, como tal a verdade de adulto começa a sobrepor-se a minha realidade, agradecia pela primeira vez neste blog a ajuda do leitor...., desde ja', Obrigado.