quarta-feira, março 22, 2006

Aleatoriedade ...

Aqui esta um tema que não e' para todos, e levanta a questão que espanta muitos.

Sera' que Deus joga aos dados? (frase de Einstein)

Existe um precistente debate academico em torno da aleatoriedade, para os Fisicos existe para os matematicos não existe. O problema e' que os matematicos não tem formulas com capacidade de gerar aleatoriedade, como tal "Deus não joga aos dados". Para os fisicos um valor inconsistente pode ser considerado aleatorio logo "Deus joga aos dados se lhe apetecer".

Para mim e a titulo especial espanta-me neste debate, e' que a primeira coisa que uma criança aprende e' como gerar aleatoriedade, pensem em dois miudos a decidir quem começa a escolher os pareceiros para um jogo de futebol 3 saltinhos de onde calha (posição pois aleatoria), e pe' atras de pe' ate' ver quem pisa quem.

E antes de a aprender a usar, tudo o que gera e' aleatorio (eu sei disto por conhecimento proprio).

Sera' que anos e anos a tentar compreender o universo nos levam a estas questões as quais sempre tivemos resposta, para que continua a insistir? sera' que chegamos ao nosso limite teorico?

E depois ainda ha gente que se espanta de eu ainda não ter feito umas quantas disciplinas de Matematica e Fisica na Faculdade.

segunda-feira, março 13, 2006

Inveja ...

Estes dias de sol lembram sempre os festivais de verão, e especialmente os jovens que os frequentam.
Normalmente, involve não tomar banho durante dias, defecar em sitios onde ja' mais alguem se aproximava se não estivesse num sitio daqueles, e se não precisa-se realmente.
Nessa idade ainda se e' mais estupido, vai-se para sitios a noite sem fazer ideia de como se vai regressar, resultando em noites passadas ao relento e com frio, apaixonar-se a cada dez minutos por uma miuda diferente, e levar um tampa de cada uma delas ..., entrar em casa com o pão na mão julgando que enganam os pais mesmo que a roupa cheire a 10000 cigarros fumados para cima dela, comer tudo aquilo do que se lembram e não ganharem uma grama a mais, beber tudo o que aparece e ter uma ressaca que nao dura mais de uma hora, não saber o futuro e achar que nunca vao conseguir ser ninguem, ou achar que vao conseguir se estudarem muito. Achar que os amigos que os rodeiam são para sempre, e que um saco de cama aguenta qualquer temperatura a qualquer altura do ano.

Pois deixem que diga ao prezado leitor que o que nós (os adultos com mais de 30 anos), temos e' a mais profunda INVEJA ..., dava-mos uma fortuna para voltar a ter esses momentos, ha' alguns que dizem "quem me dera ter a tua idade, e saber o que sei hoje", deixem que vos diga a estupidez dessa idade e' que lhe da' toda a graça. E as raparigas que nos deram tampas, ou conseguiram companhia, ou ainda se perguntam porque e' que não ficaram com os nossos numeros de telefones.

quarta-feira, março 08, 2006

Imortalidade ...

Encontraram-se numa mesa de cafe' junto a uma das altas janelas onde o sol matinal entrava, e a azafama era muita, com os clientes que se apressavam a tomar a sua dose de cafeina matinal, antes de apanhar o comboio na estação proxima que os leva-se ao trabalho.

As duas personagens desta historia não podiam ser mais diferentes, Ambos aparentavam não ter mais de 30 anos, um com um aspecto bem cuidado, o outro parecia ter acabado de suprar 100 velas, roupa pouco cuidado, mostrava escoriações na pele, e a falta de um braço.
Começa a contar a sua historia com ar cansado:
- Naqueles dias andava adoentado, e acabei por cair na cama com febres altissimas, o jovem não percebe pois nunca teve de viver nesse tipo de condições, a higiene não era a melhor e os medicos, seriam considerados talhantes pelos actuais, sabendo disto a minha irmã veio em minha ajuda, e trazia com ela um amigo cumum.
- Foi nessa altura que perdeu o braço? Perguntou o jovem de forma gentil.
- Não, nessa altura cai num coma profundo, que ainda se discute hoje se tera' sido mais que isso e terei eu mesmo morrido.
- Obvio que se tivesse morrido, não estaria aqui a falar comigo?
- Não seria assim tão certo. O amigo da minha irmã era especial, um rapaz afavel de voz calma mas sem parecer entediante, conseguiamos ficar a ouvi-lo durante horas enquanto bebiamos e comiamos. E dizia-se que era poderoso.
No momento em que ambos chegaram ja' estava enrolado numa mortalha, e tinham aberto um tumulo para mim, onde fiquei perto de quatro dias.
O Jovem chegou e dirigio-se a mim nos seguintes termos .....

Antes que tivesse tempo de continuar a sua historia o jovem disse.
- Lázaro, vem para fora
- exacto como é que sabia?
- Esta escrito no livro mais publicado de sempre ...
- Mas a partir desse momento começou um tormento que dura até agora, pois aparentemente tinha morrido realmente, e quando o Jesus, me tirou do meu local de descanso eterno, levantou-se um problema sendo ele DEUS, a sua palavra é ordem, e se um anjo me veio buscar uma vez, nenhum ousou vir a segunda. Como tal fiquei preso a esta maldição, nao envelheço, não morro, tentei uma vez no seculo XIX, tinham acabado de aparecer os comboios a vapor, e eu decidi saltar para a frente de um. Custou-me o braço mas nem amolgou a minha imortalidade. Lembro-me agora que desde então tenho falado com muito pouca gente ...
- Lázaro, tu não falas-te com ninguem ...
Interrompeu o jovem.
- Ja' reparas-te que ninguem nos veio servir, desde que aqui estas e todas as mesas a tua volta ja' estam vazias, porque sera'? Achavas mesmo que EU me esquecia? cometes-te um erro e pagas-te caro por ele, EU não me esqueço. Quando te tirei do teu tumulo, apenas reagendei a tua morte para um futuro proximo, tu com a ideia que por teres sido salvo por deus estavas isento da morte negaste-te a partir muito depois de a tua carne ser pó, transformas-te-te num espirito torturado. eu estou aqui para te ajudar a partir, a pedido da tua irmã de novo.

E assim sairam ambos sem pagar (não tinha havido consumo).

E Jesus diz para Lazaro:
- Não achas que ja' esta na altura de não dependeres da tua irmã para tudo?