quarta-feira, março 22, 2006

Aleatoriedade ...

Aqui esta um tema que não e' para todos, e levanta a questão que espanta muitos.

Sera' que Deus joga aos dados? (frase de Einstein)

Existe um precistente debate academico em torno da aleatoriedade, para os Fisicos existe para os matematicos não existe. O problema e' que os matematicos não tem formulas com capacidade de gerar aleatoriedade, como tal "Deus não joga aos dados". Para os fisicos um valor inconsistente pode ser considerado aleatorio logo "Deus joga aos dados se lhe apetecer".

Para mim e a titulo especial espanta-me neste debate, e' que a primeira coisa que uma criança aprende e' como gerar aleatoriedade, pensem em dois miudos a decidir quem começa a escolher os pareceiros para um jogo de futebol 3 saltinhos de onde calha (posição pois aleatoria), e pe' atras de pe' ate' ver quem pisa quem.

E antes de a aprender a usar, tudo o que gera e' aleatorio (eu sei disto por conhecimento proprio).

Sera' que anos e anos a tentar compreender o universo nos levam a estas questões as quais sempre tivemos resposta, para que continua a insistir? sera' que chegamos ao nosso limite teorico?

E depois ainda ha gente que se espanta de eu ainda não ter feito umas quantas disciplinas de Matematica e Fisica na Faculdade.

10 comentários:

bone daddy disse...

A aleatoriedade pura, quanto a mim, não existe. Quando dizemos que um determinado fenómeno ou acontecimento é aleatório, basicamente, aquilo que se verifica é que não conseguimos contabilizar/controlar todas as variáveis envolvidas nele.
Por exemplo, o resultado obtido através do rolar de um dado (que é um fenómeno tido como aleatório) podeira ser facilmente previsto se tivéssemos acesso a todas as variáveis envolvidas no processo (velocidade, direcção e binário do dado no momento em que sai da mão, composição física e química detalhada do dado, composição física e química detalhada da superfície para onde ele é lançado, etc.) Obviamente que estes vários milhões de variáveis são incontroláveis sendo que, neste caso, o fenómeno é comodamente apelidade de aleatório.

NAM disse...

Oh Bu, sinceramente, no caso do lançamento do dado não me parece que sejam vários milhões de variaveis...

Artur disse...

Estimado Leitor (BU),

Se nem sequer consegue chegar a um valor de variaveis, que podem estender-se de uma centena ate' um infinito. Porque pode perguntar se a gravidade de um sol, a uns anos luz, influencia ou não, se alguem acredita que e' possivel a alguma entidade controlar essas variaveis temos que deixar a fisica e a matematica para entrar numa discussão Teologica.

bone daddy disse...

Olha que, por exemplo, só a posíção das partículas de pó da superfície para onde o dado é lançado ou a localização relativa de cada uma das moléculas que compõe o dado ascendem, de certeza a vários milões...

JAP disse...

Doentes, vocês são doentes! Aceitem que o Homem nunca vai conseguir controlar e justificar tudo e terão uma vida mais feliz!

NAM disse...

Um Sol a anos luz??
A posição das partículas de pó??
Bahhhh!!!

Vocês os dois deviam aceitar que certas variáveis são despreziveis... Por isso Bu, continuo a dizer que não acredito que sejam "vários milões".
:p

bone daddy disse...

Caro nam,

Ainda que certas variáveis sejam "desprezíveis" (se bem que, como não as conheço pessoalmente, não posso emitir uma opinião sobre elas) acredita que elas ascedem a vários milhões.
Aliás, note-se que, basta termos em conta apenas as variáveis que traduzem (por exemplo) a composição química de toda a extensão do dado, para constatarmos que estas ascendem a vários milhões.

NAM disse...

Caro Sr. Bu permita-me que discorde.
A composição química de toda a extensão de um dado não é variável, é sim uma constante.
Logo mantenho a minha afirmação inicial.
Quanto à índole das variaveis, vá por mim, conheço bastantes sendo a maioria de facto despreziveis.
Outras apenas desprezaveis, mas a maioria... Se fosse por minha vontade não lhes tocava nem com uma vara de porcos.

bone daddy disse...

Sr. Nam,

Embora a composição química de toda a extensão de um dado seja de facto (na maior parte das vezes) constante, no contexto duma análise a um fenómeno externo a esse dado (neste caso, o resultado obtido através do seu lançamento) podemos - e devemos - considerá-la variável.
Variável, não no seu sentido do seu valor variar ao longo do tempo mas no sentido de serem incógnitas que influem o resultado obtido através do seu lançamento.
Quanto à índole das variáveis, sou a dizer-lhe que, apesar da maior ser de facto desprezível, há umas quantas com quem se pode ir beber um copo e ter uma conversa agradável.

Artur disse...

Era aqui que eu queria chegar, a vida não era muito mais simples quando não nos preocupavamos com estas merdas. Agora pergunto. PORQUE?